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Participei sim. Era junto com um grupo espírita chamado GELA [Grupo Espírita Leôncio de Albuquerque]. Eu não sou espírita, mas todo sábado ia para participar da entrega de sopa. Participei por seis meses do ano passado [2008]. Tive que parar de frequentar por causa do curso de alemão aos sábados.
Um amigo da faculdade comentou que ele participava desse grupo desde os 10 anos de idade e que os voluntários sempre estavam precisando de ajuda. Como eu procuradava algum trabalho voluntário há tempos, essa pareceu a oportunidade ideal.
Nós levávamos sopa, pão e uma garrafa de água. Íamos de carro, parávamos nos lugares com maior concentração de moradores de rua e distribuíamos os alimentos. Ou, quando víamos alguém na rua, parávamos o carro para dar.
Chegávamos lá no GELA às 10h para preparar tudo: lavar garrafas, comprar e cortar pão. Costumávamos sair para as ruas às 12h.
Foi ótimo, eu adorava. Acordava cedo com prazer para ir lá. Era realmente gratificante: na verdade, acredito que eu me sentia melhor do que as pessoas que recebiam o alimento. Acabamos fazendo amizade com as pessoas, que ficavam esperando ansiosas pela nossa chegada.
Pode ser uma justificativa um pouco egoísta, mas era muito gratificante mesmo saber que, pelo menos naquele dia, aquelas pessoas teriam o que comer. Mas, ao mesmo tempo, ficava pensando o que iria acontecer no resto da semana, como seria a vida deles...
Acabávamos nos envolvendo com as histórias de cada um. Certa vez, encontramos um senhor que tocava gaita e escrevia músicas. Ficamos mais de uma hora conversando e cantando com ele. Foi um dos dias mais legais...
Só que uma hora acaba, você vai para a sua casa e percebe que eles continuam lá. Lidar com isso não é fácil, mas era bom saber que pelo menos estávamos tentando ajudar um pouco.
Participe, você vai adorar. É uma experiência incrível.
Lorena Piñeiro, estudante de jornalismo da Universidade Federal Fluminense.
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Paulo Júnior
quarta-feira, 27 de maio de 2009
quinta-feira, 21 de maio de 2009
O melhor remédio
Juntar a vontade de cuidar com as artes cênicas. Assim Fernanda Magalhães descreve o objetivo e a inspiração que resultou na criação da Clínica da Alegria, junto com sua mãe e irmão em 2001. Após estudar teatro, Fernanda começou a cursar enfermagem graças ao projeto, que hoje atende a diversos hospitais, postos de saúde e pousadas geriátricas da região de Niterói. O projeto é baseado na experiência do médico americano Hunter Adams, que se tornou famoso após o filme ''Patch Adams'', estrelado por Robin Williams.
No início, a Clínica da Alegria contava apenas com amigos e familiares de Fernanda. Hoje já são 15 voluntários que atuam nos hospitais de Niterói. Ela conta que no início alguns profissionais da saúde olhavam ''meio torto'' para os narizes vermelhos e as roupas coloridas, mas com o tempo a maioria se convenceu de que o método de trabalho é útil e muito importante.
Através do riso e da alegria, os pacientes esquecem momentaneamente suas dificuldades físicas e a solidão, e se tornam plenamente felizes, ao menos durante a visita dos voluntários. Eles conseguem dar atenção especial e um tratamento mais humano às crianças, jovens e adultos. Muitas vezes, os hospitais não conseguem atender a demanda total devido ao grande número de pacientes. É nessa brecha que os voluntários da Clínica entram e ajudam a deixar o ambiente hospitalar mais leve e descontraído.
Através do riso e da alegria, os pacientes esquecem momentaneamente suas dificuldades físicas e a solidão, e se tornam plenamente felizes, ao menos durante a visita dos voluntários. Eles conseguem dar atenção especial e um tratamento mais humano às crianças, jovens e adultos. Muitas vezes, os hospitais não conseguem atender a demanda total devido ao grande número de pacientes. É nessa brecha que os voluntários da Clínica entram e ajudam a deixar o ambiente hospitalar mais leve e descontraído.
Fernanda lembra que nesse trabalho a doença é o que menos importa, e que é necessário muita sensibilidade no trato com alguns tipos de enfermos. ''Saber respeitar o espaço de cada um é importante'', ela diz. Para fazer parte do projeto é necessário passar por um treinamento de 2 meses, para aprender como lidar com certas situações, o jogo de cintura e o improviso, entre outras habilidades.
As Dificuldades
Apesar de toda a felicidade e compensação emocional que o trabalho proporciona aos voluntários, Fernanda revela que a falta de apoio financeiro é a maior dificuldade para manter o projeto em funcionamento. A Clínica da Alegria se tornou uma ONG há apenas dois anos e ainda encontra alguns obstáculos para financiar suas atividades. O blog da instituição põe alguns produtos (mousepads, camisas, canecas) à venda. Além desta fonte de renda, a Clínica da Alegria também sobrevive graças ao esforço de Fernanda e de sua mãe, além da ajuda de amigos e de doações. Ela lamenta a falta de mais investimentos, mas afirma que sua energia se renova a cada visita, a cada agradecimento que recebe de um paciente.
Renan Castro
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quarta-feira, 20 de maio de 2009
Educar para a solidariedade
Criadora de projeto que motiva estudantes a praticar ações solidárias, professora diz que voluntariado não é assistencialismo
O que é ser voluntário? Para a professora e Mestre em História Social pela Universidade Federal Fluminense, Beatriz Momesso (foto), a resposta pode ser desdobrada em dois itens fundamentais: doar-se pelo outro e ter atitude de consciência social. Beatriz é a idealizadora do Projeto Gente Solidária do Instituto GayLussac, inaugurado em 2008 e que busca promover o voluntariado entre os estudantes dos Ensinos Fundamental e Médio.
Dentre as ações do projeto, encontram-se uma tarde de recreação com idosos da Casa de Convívio dos Anawin, em Santa Rosa, e uma festa caipira para pacientes do Instituto Estadual de Hepatologia Arthur de Siqueira Cavalcanti - Hemorio, organizadas pelos próprios alunos.
"Voluntariado é diferente de assistencialismo", frisa a professora. É importante que ressalte a prestação de serviços, não apenas a prática de doações".
Marcelle Velasco, estudante do 9º ano e integrante do Gente Solidária, explica o porquê de ser voluntária. "A gente dá algo, mas também recebe carinho. É uma troca muito gostosa".
Paulo Júnior
O que é ser voluntário? Para a professora e Mestre em História Social pela Universidade Federal Fluminense, Beatriz Momesso (foto), a resposta pode ser desdobrada em dois itens fundamentais: doar-se pelo outro e ter atitude de consciência social. Beatriz é a idealizadora do Projeto Gente Solidária do Instituto GayLussac, inaugurado em 2008 e que busca promover o voluntariado entre os estudantes dos Ensinos Fundamental e Médio.
Dentre as ações do projeto, encontram-se uma tarde de recreação com idosos da Casa de Convívio dos Anawin, em Santa Rosa, e uma festa caipira para pacientes do Instituto Estadual de Hepatologia Arthur de Siqueira Cavalcanti - Hemorio, organizadas pelos próprios alunos.
"Voluntariado é diferente de assistencialismo", frisa a professora. É importante que ressalte a prestação de serviços, não apenas a prática de doações".
Marcelle Velasco, estudante do 9º ano e integrante do Gente Solidária, explica o porquê de ser voluntária. "A gente dá algo, mas também recebe carinho. É uma troca muito gostosa".
Paulo Júnior
sábado, 16 de maio de 2009
Desafios de um voluntário
Dia 5 de dezembro é o Dia Internacional do Voluntário. Os anos vão passando, e será que temos reais motivos para comemorar?
O trabalho voluntário ainda precisa de muito incentivo para chegar ao ponto ideal e trazer reais benefícios à comunidade. Segundo uma pesquisa das Nações Unidas de 2003, são 42 milhões de voluntários em todo o Brasil (23% da população). Quando tratamos de jovens voluntários, esse número cai para apenas 7% da população. De acordo com o site Filantropia.org, nos Estados Unidos 62% dos jovens praticam o voluntariado.
Um dos motivos do baixo número de voluntários jovens é a falta de informação sobre como começar. Segundo a mesma pesquisa, 54% dos jovens brasileiros têm vontade de ser voluntário, mas não sabem como proceder. Por isso, nosso blog tenta, entre outras ações, divulgar e orientar ao máximo essas pessoas para que encontrem um estímulo para iniciar qualquer tipo de trabalho solidário.
Ser voluntário é mais do que ser apenas "gente boa" ou ter vontade de ajudar; requer também muita dedicação, disposição e alegria. Trabalhar para ajudar o próximo sem vislumbrar lucros é um gesto de grandeza , mas que deveria ser mais comum no nosso cotidiano.
Para tentar mudar a realidade do mundo e amenizar todas as notícias tristes que vemos diariamente, precisamos começar pelo mais próximo de nós. Nossa rua, nosso bairro, nossa cidade. O Niterói Voluntário busca essa mudança a partir da nossa cidade e conta com a sua ajuda para melhorarmos sempre!
Renan Castro
quarta-feira, 6 de maio de 2009
Começando o Niterói Voluntário
Seja bem-vindo! O blog pretende ser um canal de divulgação e de promoção do voluntariado na cidade de Niterói. Aqui você encontrará informações sobre o que é voluntariado, projetos e ações, como e por que ser um voluntário e mais.
Você sabia que existe uma lei que descreve o trabalho voluntário?
A lei 9.608/98 foi sancionada pelo presidente Fernando Henrique Cardoso e no artigo 1º define o que é serviço voluntário:
"Considera-se serviço voluntário [..] a atividade não remunerada, prestada por pessoa física a entidade pública de qualquer natureza, ou a instituição privada de fins não lucrativos, que tenha objetivos cívicos, culturais, educacionais, científicos, recreativos ou de assistência social, inclusive mutualidade".
Leia a íntegra da Lei 9.608/98
A partir de hoje você pode enviar comentários e sugestões. A sua participação é essencial.
Equipe Niterói Voluntário
Você sabia que existe uma lei que descreve o trabalho voluntário?
A lei 9.608/98 foi sancionada pelo presidente Fernando Henrique Cardoso e no artigo 1º define o que é serviço voluntário:
"Considera-se serviço voluntário [..] a atividade não remunerada, prestada por pessoa física a entidade pública de qualquer natureza, ou a instituição privada de fins não lucrativos, que tenha objetivos cívicos, culturais, educacionais, científicos, recreativos ou de assistência social, inclusive mutualidade".
Leia a íntegra da Lei 9.608/98
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